Do passado remoto ao futuro distante, um complexo sistema de inteligência nebulosa, conhecido simplesmente como T, dominou o planeta.
Mantendo os rigores de uma lógica ancestral de evolução, projeto e programa, T se expandiu e se dividiu em circuitos orgânicos. Por mutação e contextos, resumiu-se em diferentes cepas, que passaram a disputar acirradamente o controle de restritos campos férteis, as poucas reservas nutritivas ainda não destruídas por oceano, deserto, neve, radiação ou praga.
Sendo as únicas fontes de recursos renováveis capazes de atender tanto aos próprios circuitos orgânicos, quanto aos seres humanos (então convertidos em flexíveis ferramentas e poderosas armas), os jardins – como oásis preciosos de água, fauna e flowers – começaram a definhar: vitimados por múltiplos conflitos, dos planos microscópicos da informática genética e das bactérias artificiais, aos espaços macroscópicos dos indivíduos e suas ações siderais.
Mas todo sistema será sempre um subsistema de algo maior, e uma nova ameaça aos herdeiros de T, percorre faminta os céus irreconhecíveis do planeta.
Quatro milênios no futuro...
Quem herdará a Terra?